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Jane Eyre - Charlotte Bronte



Sinopse: Jane Eyre, pobre e órfã, cresceu em casa da sua tia, onde a solidão e a crueldade imperavam, e depois numa escola de caridade com um regime severo. Esta infância fortaleceu, no entanto, o seu carácter independente, que se revela crucial ao ocupar o lugar de preceptora em Thornfield Hall. Mas, quando se apaixona por Mr. Rochester, o seu patrão, um homem de grande ironia e algum cinismo, a descoberta de um dos seus segredos força-a a uma opção. Deverá ficar com ele e viver com as consequências, ou seguir as suas convicções, mesmo que para tal tenha de abandonar o homem que ama? Publicado em 1847, "Jane Eyre" chocou inúmeros leitores da Inglaterra vitoriana com a apaixonada e intensa busca de uma mulher pela igualdade e a liberdade.

Opinião:

Charlotte Bronte foi uma das escritoras que mais revolucionou a literatura, e através da personagem principal desta história ela retrata as suas ideias e a igualdade e liberdade das mulheres.

"A minha disposição habitual, feita de humilhação, de dúvida e de um sentimento de abandono, caiu como um lençol molhado sobre a cinzas ardentes da minha cólera."

Este romance começa com a personagem principal, Jane, ainda criança, sendo esta parte um pouco mais lenta, não que isso tenha sido ,para mim, um problema, pois não deu vontade nenhuma de parar, antes pelo contrário.


 "-Não há nada mais triste do que ver uma criança má,- começou ele- e, sobretudo, uma menina má. Sabe para onde é que vão as pessoas más depois de mortas?
-Vão para o Inferno foi a minha resposta rápida e ortodoxa.  
-E o que é o Inferno. Poderá dizer-me como é? 
-Um poço cheio de fogo...
-E gostaria de cair nesse poço e ser queimada lá durante toda a eternidade?
-Não, senhor.
-E o que tem de fazer para o evitar? 
(...)
-Precisarei de ter boa saúde e de não morrer." 
Jane é uma personagem com uma grande crença religiosa, mas nem sempre foi assim, quando era criança não o era, passando a ser com o decorrer dos anos no colégio em que esteve, tendo sido Helen Burns- uma personagem que gostei muito, e é a minha preferida depois de Jane- uma grande influência nessa área para Jane.

Jane é uma rapariga, já mulher, forte de espirito com as suas ideias e objetivos bem definidos, indo sempre atrás do que quer sem hesitar. Não se deixa dominar por ninguém e tem a resposta sempre na ponta da língua desde pequena.
O maior objetivo de Jane é encontrar a paz e a liberdade, depois de tudo o que passou.

"Supõe-se geralmente, que as mulheres são muito calmas, mas a verdade é que elas sentem exatamente o mesmo que os homens sentem. Precisam de exercer as suas faculdades e de um campo de ação para os seus esforços, tal e qual como os seus irmãos. As mulheres sofrem de uma restrição demasiado rígida, de uma estagnação demasiado absoluta, exatamente como os homens sofreriam se se encontrassem na mesma situação, sendo apenas o espírito estreito de outras criaturas mais privilegiadas que as levam a dizer que elas deveriam limitar-se a fazer pudins e meias, a tocar piano e a bordar bolsas. Condená-las ou rir delas, quando elas desejam fazer mais do que o costume declarou necessário para o seu sexo, é pura inconsciência."

Charlotte Bronte tem uma escrita típica da sua época, mas que se percebe bem e ainda contagia, um senão, pelo menos na versão que eu tenho, é quando falam francês -quem já leu sabe que há uma personagem que pouco ou nada fala de inglês- e não tem tradução, nem que fosse no fim da página, se eu não percebe-se um pouco de francês seria um problema.

"Há homens e mulheres que morrem, há filósofos a quem falta sabedoria e cristãos a quem falta bondade. Se alguém que conheça sofreu e errou, então, essa pessoa deve olhar mais alto do que os seus semelhantes em busca da força para se corrigir e para aliviar o seu sofrimento."

Algo que amei completamente, foram as descrições e, isso, é algo que eu adoro nos livros, gosto que me transportem para o lugar onde está a decorrer a ação. Charlotte Bronte conseguiu fazer isso muito bem.
Os acontecimentos são fantásticos e de tirar o fôlego, quando pensamos que mais nada pode acontecer estamos errados, e acontece. 

"Um olhar apaixonado é todo um encanto necessário, para tal é suficientemente belo ou, melhor, a sua aspereza tem um poder que vai muito mais longe do que a beleza."

Para quem gosta de Jane Austen aconselho que leiam Charlotte Bronte, para quem quer começar a ler clássicos, aconselho igualmente.

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